quinta-feira, 14 de julho de 2016




RÍTMOS DE ALGUNS ORIXÁS





DARÓ é popularmente conhecido por Aguerê de IANSÃ. OYÁ, a deusa dos raios, também conhecida como a rainha dos eguns, é o orixá guerreira da confiança de Xangô, que lhe dava grandes poderes. No entanto, Oyá recebeu como castigo a propriedade de soltar raios pela boca, por ter revelado segredos ocultos de seu esposo. Sua dança predileta é Daró “quebra-prato”, ritmo pertencente à nação nagô. Oyá também gosta de dançar o ritmo ilú, e em ocasiões especiais dança no exerê, sihun, zelim, etc. Oyá é quem divide os segredos de Xangô com Oxum. Oyá também tem domínio sobre o vento, a liberdade, a vingança, é ela a senhora da tarde e é quem abre o ciclo de todas as casas de culto.
          

ILÚ – EWA é uma orixá jovem e mimada que também tem domínio sobre o rios de água doce, os animais, viagens e objetos perdidos. Ewá por sua preferência dança o ritmo ilú, que pertence à nação nagô, mas em outras ocasiões dança o bravun com muita cadência e satisfação, assim como gracejando. Seu fundamento é sempre por baixo das folhas secas, onde esconde seus mistérios.
         

SATÓ -  OBÁ, princesa guerreira, é orixá da nação nagô, assim como o ritmo satã. Obá como se sabe é a terceira esposa de Xangô. Segundo uma lenda Obá nasceu do ventre de Iemanjá, após o incesto de Orugan-Áfefê. Obá traz consigo uma carga muito grande que é o segredo entre Oyá e Ogum. Quando se canta pra Obá,
é de praxe se cantar para Oyá e para Ogum. Obá dança todos os ritmos, mas o de preferência é o sató. Obá também tem domínio sobre o sangue, os órgãos auditivos, a solidão e a perda de membro do corpo.
       
  BRAVUN – IYEMANJÁ é a rainha das águas, a que tranqüiliza a cabeça do ser humano pondo-lhe paz. É a divindade do porte elegante que se faz respeitar pelo poder que lhe foi confiado como mãe dos orixás. Ao som do bravun é que Iyemanjá demonstra toda sua sutileza, harmonia e também a falsidade que o mundo tem. Yemanjá também dança o ritmo Opanijé, igualmente a seu filho adotivo Obailuayê.
 
JEXÁ – OXUM, rainha da cidade de Ijexá, dona das riquezas, conhecida como a orixá dos rios e das fontes, é também uma das esposas de Xangô. Sua dança de preferência, é o Jexá, fazendo gestos, como se estivesse tomando banho no rio, penteando seus cabelos e ajeitando seus adornos. Oxum tem como seu domínio a fecundidade, ela é a protetora das parturientes, da beleza, das crianças desamparadas, do amor, da juventude e protetora das gestantes.

SATÓ – É UM RITMO DA NAÇÃO JÊJE, E NANA é mãe e avó de todos os orixás, rainha de todo Alitobá, senhora das águas que repartiu com suas filhas Iemanjá e Oxum. Nana é protetora das viúvas e tem seu domínio sobre a infância, a morte, a terra, as ruínas e a germinação. Nanã dança qualquer ritmo, mas o de sua preferência, é o Sató, ritmo em que ela pode mostrar a varrição do mundo invisível. As vezes é preciso se soar os atabaques para tocar o ritmo Ahamunha, que também é de nação jêje, no momento em que Nanã observa, ou seja, indica que alguém do terreiro vai falecer em poucos dias.
JEXÁ OU BRAVUN – OXALÁ, conhecido de todos e de quem todos precisam. Oxaguiã, o guerreiro, dança com a espada ou osum de prata, e dança melhor o ritmo ilú. Oxaguiã tem domínio sobre o dia, a atividade, a vida e a esperança. Oxalufan domina a noite, a positividade e o descanso, sendo o maior dos orixás, o deus da criação do mundo. Sendo filho e secretário de Oludumaré, o Deus supremo da mitologia africana, Oxalufan é o símbolo da energia produtiva da natureza. Oxalá, esposado com Nana Burukú, tiveram seus primeiros filhos: Legbá, Obailuayê, Lokô e Oxumarê, que é o mais moço.