quarta-feira, 31 de agosto de 2011

'Igrejas da prosperidade' crescem na Nigéria




31 de agosto, 2011 -


Pastor pop star diz que a pobreza não se inclui nos planos de Deus para o homem.

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Em uma recente manhã de domingo em Lagos, na Nigéria, os fiéis chegam para a missa, sem perder a chance de usar suas roupas mais elegantes.

Em um país tão religioso, o local onde se reza é considerado cada vez mais importante. E um número crescente dos 70 milhões de cristãos nigerianos está seguindo os chamados “ensinamentos da prosperidade”.

Um dos pregadores desses ensinamentos é Chris Okotie, ex-estrela do mundo pop que se tornou pastor da igreja Casa de Deus. Ele defende que o crescimento espiritual pode se traduzir em prosperidade financeira.


Para pastor, pobreza não está nos planos de Deus para o homem
Dono de uma fortuna pessoal estimada em US$ 10 milhões, o pastor diz que não há porque se envergonhar da riqueza.

“A prosperidade é uma parte integral do evangelho, assim como a cura e a salvação”, diz Okotie. Para ele, a pobreza não se inclui nos planos de Deus para o homem.

Mas o fato de alguns pastores figurarem nas listas das pessoas mais ricas da Nigéria tem despertado críticas.

Leo Igwe, do Movimento Humanista da Nigéria, acusa as igrejas de terem se convertido em negócios, atraindo pessoas pobres em situação de desespero.

Tais acusações, porém, não parecem abalar a devoção dos fiéis. Sendo ou não empreendimentos de negócios, as igrejas da prosperidade se tornaram um dos principais produtos de exportação da Nigéria.

BBC

COMENTÁRIO

Imaginem senhores, que somente agora os nigerianos chegaram a esta conclusão, enquanto que nós brasileiros já convivenos com esta realidade nefasta há mais de três décadas, sendo o Brasil talvez o primeiro na ranking mundial, desses tipos de igrejas, ou seja, as da "prosperidade", pois muito certo é o slogan popular de que "templo é dinheiro", e para se ganhar esse tipo de dinheiro fácil, precisa-se tão somente de um terreno fértil as chamadas doutrinas de salvação da alma, e de um povo semi aculturado, onde seus dirigentes políticos por mais de 60 anos investiram em políticas de poucos esclarecimentos políticos ao seu povo, e assim sendo, vira massa de manobra política e com pouca capacidade e poder de separar o que presta e o que não presta no campo político, e que termina por ter uma ressonância no campo religioso.

Essa história de que somos a maior nação católica do mundo, que somos o povo mais religioso entre outras babaquices, é tudo balela. Somos sim, um povo facilmente manobrado por doutrinas e doutrinadores, sejam eles religiosos, politicos e outros mais. Somos um povo que nos incutiram a idéia pre-concebida de que todos os nossos dissabores residem na figura de um tal demônio, diabo, coisa ruim, tinhoso, inimigo de nossas almas, entre outras alcunhas.

Quando na realidade o próprio sistema político instalado no Brasil há tantas décadas é o responsável pelo demônio da fome, da pobreza,de falta de escolas, do abandono dos menores nas grande cidades, da falta de assistência médica que grassa em todos os níveis, a desigualdade social financeira, que separa as classes sociais, gerando com isso, o preconceito social, racial, religioso, homofóbico, entre outros.

Enquanto a Nigéria, tão cantada em verso e prosa pelos adeptos do culto afro-brasileiro, como o berço da cultura religiosa africana, de onde se originaram os Orixás, Voduns e Nkissis,hoje, religiosamente, é composta de uma população onde 50,05% são muçulmanos, 42,02% são católicos, restando meros nove, vírgula alguma coisa a ser dividido entre outras religiões.

Nos pergutamos, para onde foram as religiões animistas e as ligadas ao culto as almas e ancestrais? Só Deus e Oxalá é que sabem. Por tais razões, devem os brasileiros contentarem-se em cultuar os seus Deuses do panteon africano à moda afro-brasileira, por que aqui no Brasil eles se amoldaram aos costumes e "modus vivendi" do seu povo.

João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá