terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fim do racismo é parte dos Objetivos do Milênio



29.08.11

Representantes dos povos afrodescendentes de todo o mundo anunciaram no último dia 20 de agosto, que o fim do racismo deve fazer parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). As metas visam a erradicação da pobreza no mundo até 2015. A Declaração de La Ceiba, onde consta a proposta, resultou do primeiro encontro da comunidade negra mundial realizada pela organização em Honduras.

No documento os representantes afirmam que chegou o momento para que a ONU incorpore não apenas um novo Objetivo aos oito já estabelecidos, mas também a criação de um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com perspectiva de raça e etnia. Segundo o texto, esta é uma possibilidade para se garantir a integração dos desafios das comunidades e populações afrodescendentes.

A Declaração traz também, como proposta, a adoção de medidas para a redução substancial de todas as formas de discriminação, uma vez que preconceitos e intolerâncias prejudicam o cumprimento das metas já existentes. Os representantes exigiram ainda que a ONU declare em 2012 a Década dos Povos Afrodescendentes, e a criação de um Fundo de Desenvolvimento que atenda a esse setor da população, bem como estruturas e orçamentos definidos.

O encontro que aconteceu em razão do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, durou três dias e reuniu 657 delegados de 32 países. De acordo com o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon, foi uma oportunidade para a discussão dos direitos básicos da população negra amparados pelas constituições internacionais. Outros temas abordados foram a epidemia do HIV/Aids, direitos humanos e acesso à justiça, problemas ambientais, saúde reprodutiva e condição marginal das mulheres afrodescendentes.

Conheça os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio:

1 – Erradicar a extrema pobreza e a fome.
2 – Atingir o ensino básico universal.
3 – Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres.
4 – Reduzir a mortalidade infantil.
5 – Melhorar a saúde materna.
6 – Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
7 – Garantir a sustentabilidade ambiental.
8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Fonte: Fundação Palmares


comentário

De todos os itens acima alencados, pela ONU, destaco como de vital importância para o fim do racismo no milênio, o fim da pobreza e a fome, porém, tal medida passa pela criação de medidas de políticas públicas que obrigatoriamente deverão estar associadas, a boa vontede do próprio negro em querer sair desse fosso no qual foi lançado há mais de quatro seculos. Ou seja, a valorização própria que tem que ter do seu potencial cultural, laboral, físico, mental e não somente o sexual, pois não mais somos "pai dégua", ou seja, aquele negro que era utilizado tão somente para procriar, para engravidar as negrinhas, e assim, aumentadno o curral de escravos do sinhozinho.
Portanto, vamos todos em uníssono,em um só desejo, mudar o que precisa ser mudado para acabarmos com o racismo, mas, não devemos nos esquecer que tal mudança nasce dentro de cada um de nós, negros, mulatos, cafusos, caboclos, e mamelucos, e por que não os brancos? Porquê, por ser o Brasil um país mestiço, caboclo, que agrega várias raças e etnias, onde todos se misturaram, deforma que,a luta pelo fim racismo é de todos. Axé!

João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá