quarta-feira, 8 de junho de 2011

JUSTIÇA DETERMINA CIRURGIA COM TRANSFUSÃO DE SANGUE EM SEGUIDORA DA TESTEMUNHA DA JEOVÁ


07/06/2011 Concórdia
Mulher que pertencia a "Testemunhas de Jeová" passa por transfusão de sangue

O procedimento ocorreu nesta manhã.


A mulher que sofreu acidente no último domingo em Piratuba e que, por questões religiosas não queria passar por uma transfusão de sangue, foi submetida ao procedimento na manhã desta terça-feira, dia 7 de junho, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital São Francisco. A paciente que pertencia à religião "Testemunhas de Jeová", não aceitava a transfusão, alegando crenças religiosas. Um médico entrou com uma ação na Justiça, solicitando a autorização para fazer o procedimento, justificando que essa seria a única forma de salvar a vida da paciente. O juiz Rudson Marcos concedeu liminar e autorizou a transfusão, que aconteceu por volta das 10 horas da manhã.



A mulher permanece internada em estado grave no CTI do hospital São Francisco. Ela sofreu uma fratura no fêmur. O quadro da paciente é estável. A vítima do acidente ainda corre risco de morte. Na colisão, que ocorreu domingo, por volta das 16 horas, na rua Primeiro de Maio em Piratuba, perdeu a vida o motociclista Raimundo Libório Graef, 46 anos. O motorista do Gol, que se envolveu em acidente com duas motos, fugiu do local. Ele já foi identificado e responderá criminalmente.

fonte Radio rural de Concórdia


COMENTÁRIO



Todos nós sabemos que é o Brasil um estado laico, ou seja, não pode se imiscuir em assuntos de natureza religiosa, a menos que seja para resguardar as instituições legais, porém, no caso dessa prática adotada pela igreja das Testemunhas de Jeová, o estado pode e poderá independentemente do consentimento de quem quer que seja, em se imiscuir, para preservar a vida, posto, ser esta um instituto sobre o qual o estado detém o poder legal de preservação. Dai, ser um absurdo que um médico para tentar salvar a vida de uma seguidora dessa religião tenha que formalizar um pedido na justiça. Existe um remédio para acabar de uma vez por todas com essa situação, visando preservar o bem maior que á vida, ou seja, uma lei que regule essa situação sem ferir os brios religiosos da igreja e preserve a vida de maneira mais rápida sem precisar de autorização judicial. A bancada católica e evangélica tão ágil hoje no congresso, principalmente nos ataques aos projetos contra a homofoba,poderia se candidatar e elaborar esse projeto de lei, quem sabe?


João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/bablorixá