sábado, 19 de fevereiro de 2011

BAIANAS DE ACARAJÉ TERÃO QUE DEIXAR AS PRAIAS DE SALVADOR




Não bastassem os problemas ocasionados pela retirada das barracas das praias de Salvador, mais uma decisão polêmica terá fortes conseqüências na capital baiana: a retirada dos tabuleiros das baianas de acarajé das praias. A titular da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) na Bahia, Ana Vila Boas, justificou que a lei federal de gerenciamento costeiro não permite a ocupação cotidiana das areias para o comércio. De acordo com a presidente da Associação de Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia (Abam), Rita dos Santos, a decisão prejudica cerca de 650 baianas que hoje atuam nas areias de Salvador – de São Tomé de Paripe à Praia do Flamengo. A SPU divulgou que só vai se posicionar sobre a decisão caso provocada pelo município. Mas, conforme Ana Vila Boas, o órgão deverá agendar uma reunião para encontrar alternativas de acomodação das baianas que estão atuando nas praias com licença municipal. Ao A Tarde, Ana explicou que a comercialização deve ser coordenada pelo município, e a estrutura das baianas, ajustada nas calçadas. O titular da Sesp, Ocimar Torres, já afirmou que vai seguir a recomendação da Procuradoria Geral do Município (PGM) com relação às baianas que não possuem licença. “A fiscalização vai acontecer e vamos notificar”, afirmou. Eis mais um problema para a prefeitura de Salvador, que ainda colhe os amargos frutos da derrubada das barracas.