terça-feira, 28 de setembro de 2010

Político evangélico fundamentalista




28 de Setembro-
Político evangélico fundamentalista
Precisamos evitar as formas possíveis de estabelecimento de um Governo Teocrático, como está acontecendo em Guarulhos O laicismo começou a ser adotado primeiro no campo da filosofia e depois no campo da ciência. Por extensão, o princípio do laicismo passou a ser também aplicado à Política confundindo-se com o chamado liberalismo político, cujos princípios devem prevalecer numa sociedade verdadeiramente democrática. O liberalismo político é a Doutrina que visa estabelecer a liberdade política do indivíduo em relação ao Estado, porque defende os direitos inatos do homem; preconiza oportunidades iguais para todos; estabelece a separação entre a igreja e o Estado; exige que a atividade estatal se restrinja à proteção da liberdade religiosa, liberdade de imprensa (direito de expressão), assim como assegura o direito de propriedade individual (propriedade privada).

Tais são as características de um Estado Democrático. O nosso país, por esta razão, necessita consolidar a Democracia preservando a condição de Estado Laico, e, para
tanto, precisamos evitar as formas possíveis de estabelecimento de um governo teocrático, como está acontecendo em Guarulhos, com templos evangélicos com símbolos da prefeitura e do PT, administrados por religiosos, para não retroagirmos à idade Média, Se tal fato acontecer, já está acontecendo, cadê a democracia “foi pro espaço, em nome de Deus”, como ocorreu no Afeganistão sob a liderança religiosa dos Talibãs, e em outros lugares com os Aiatolás.

Essa é a razão de não ser nada saudável colocar Deus no centro da política, como justificativa para se cometer uma série de arbitrariedades em nome D’ele, da mesma forma que é indevida a intromissão estatal ao promover o ensino religioso nas escolas públicas, destruindo o grande ideal da República – o caráter Laico do Estado, também é totalmente indevido: fazer proselitismo político à custa da religião. Nesse sentido, não podemos esquecer que os conflitos políticos e religiosos ocorridos na História da Humanidade foram decorrentes, exatamente, do fundamentalismo religioso. Em boa sinonímia, fundamentalismo quer dizer estar fundamentado, embasado em determinado princípio, podendo aplicar-se à ciência, política, religião ou filosofia.

No fundamentalismo religioso e político, porém, residem os maiores perigos, isto porque os seus líderes procuram fundamentar-se apenas em algumas convenientes,
geralmente de suas doutrinas religiosas ou idéias políticas de modo exacerbado, alimentando o fanatismo, e podemos constatar no mundo atual que o fundamentalismo está sempre aliado à intolerância e ao desrespeito ao cidadão, pois seus fomentadores, na tentativa de conseguirem seus objetivos, passam por cima da ética e da moral sem nenhuma cerimônia. Devemos ressaltar, no entanto que qualquer religioso pode postular um cargo eletivo, mas nunca se intitular representante da religião que professe.

O seu mandato é para servir ao povo e não à sua comunidade religiosa, como todo cidadão, qualquer religioso também é inteiramente livre para escolher o seu candidato, e até mesmo filiar-se a um partido político, mas como o nosso país está contextualizado dentro de uma sociedade cristã, não podemos esquecer que Jesus cumpriu sua missão sem necessidade de portarias ou decretos, mesmo assim, com essa prudente forma de agir, acabou indo à cruz, devido à ambição política de Judas, a pretexto de acelerar a vitória do Evangelho, eis porque ele asseverou “DAI A CESAR O QUE É DE CESAR E A DEUS O QUE É DE DEUS”. Com essa máxima cristã, podemos concluir que Deus nunca subiu aos palanques políticos. Axé Odara.

Fonte: Luiz Antonio Cardoso Pinto