sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Igreja católica na Austrália proíbe músicas pop em funerais



10/09/2010 Igreja católica na Austrália proíbe músicas pop em funerais
Arcebispo de Melbourne diz que funeral não deveria ser uma 'comemoração'.
Versão de 'My way', de Frank Sinatra, é a mais tocada no país.

Da Reuters


'Another one bites the dust', Fredy Mercury do Queen, está entre
as músicas mais populares dos funerais
australiano (Foto: Divulgação)Hinos de clubes de futebol e músicas de pop ou rock foram banidos dos funerais nas igrejas católicas da Austrália, de acordo com as novas regras distribuídas nesta semana a padres e encarregados de funerais.

Um funeral não deveria ser uma "comemoração" da vida do falecido, disse nas normas o arcebispo de Melbourne, Denis Hart, "mas uma despedida final sagrada. As comemorações de sua vida deveriam ser realizadas em eventos sociais antes e depois do velório", disse ele.

"Os desejos do falecido, familiares e amigos devem ser levados em consideração... mas para planejar a liturgia o organizador deve moderar qualquer tendência a transformar o funeral em uma comemoração secular da vida do falecido", esclarece.

"Itens seculares nunca devem ser cantados ou tocados em um enterro católico, como canções românticas, músicas pop ou rock, canções políticas, ou hinos de clubes de futebol."

Alguns organizadores de funerais, no entanto, disseram que a diretriz era insensível às necessidades dos parentes, pois muitas famílias em luto queriam incorporar apresentações multimídia, incluindo fotografias e vídeos da vida do falecido, além de músicas.

"Funerais se tornaram uma comemoração da vida das pessoas. Poucos não incluem uma apresentação em DVD", disse John Fowler, gerente do Le Pine Funerals, ao jornal Herald Sun, de Melbourne.

Uma lista das músicas mais tocadas em funerais na Austrália aponta em primeiro lugar a versão de Frank Sinatra de "My way", seguida por "Wonderful world", de Louis Armstrong, "Time to say goodbye", por Andrea Bocelli e Sarah Brightman, e "Unforgettable", de Nat "King" Cole.

Além desses, entre os 10 mais estavam "The wind beneath my wings", de Bette Midler, "Amazing Grace", "We'll meet again", de Vera Lynn, "Over the rainbow", de Judy Garland, "Abide with me" de Harry Secombe, e "Danny Boy."

Na lista das 10 canções estranhas mais populares entre as músicas de funeral estavam "Another one bites the dust", do Queen, "Highway to hell", do AC/DC, "Always look on the bright side of life", do Monty Python, e "Ding dong the witch is dead", do filme "The Wizard of Oz."
comentário:
Esperamos que tal proibição jamais chegue ao Brasil, pois para nós, principalmente afro descendentes, a morte nada mais é do a continuação da vida, é o momento de despedida final dos nossos entes queridos ou nossos amigos, é um momento festivo, em que pese a tristeza comum nesses casos, daí a importância de se gravar, filmar esses momentos para a posteridade, nada tendo de mórbido nisso.Pois um sepultamento é um ato no qual, o espírito do desencarnado, se encontra presente, e ele deve ver que as manifestações de alegrias e de recordações de momentos alegres nos quais ele tenha (morto) participado, é uma demonstração de que ele materialmente não fará falta, e que deverá asim,seguir a sua nova jornada rumo ao seu novo viver. No norte nordeste é comum o mortos serem velados em suas residências, onde durante o velório ou "sentinela", como é mais conhecido, os parentes e amigos, reunirem-se para o tradicional jogo de cartas(baralho, dominó, dama ou outro tipo de passatempo que o falecido gostava. Outros contam piadas, contam passagens pitorescas da vida do mesmo, em que tenha participado. Enfim, é só alegria, embora mesclada com a tristeza da perda. Embora no Sudeste do Brasil, o velório por ser feito nomalmente nas capelas dos cemitérios, seja resvestido de um ritual mais austero e geralmente lembra somente tristezas. Vida que segue.
João Batista de Ayrá/babalorixá/advogado/jornalista