segunda-feira, 19 de abril de 2010

CPI prende monsenhor de Arapiraca acusado de abuso sexual


CPI prende monsenhor de Arapiraca acusado de abuso sexual
Em entrevista ao SBT, Barbosa disse ter orgulho de sua carreira religiosa

A CPI da Pedofilia mandou prender na noite deste domingo (18) o monsenhor Luiz Marques Barbosa (foto), 83, de Arapiraca (AL), e José Reinaldo, seu motorista, e Maria Izabel, caseira.

O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, determinou a prisão porque Barbosa, que tirou passaporte em janeiro, “demonstrou ter interesse de deixar o país” e também por causa do conjunto de provas contra ele.

Em sua casa, além bebidas alcóolicas e cremes íntimos, foi encontrada uma passagem de avião.

A prisão foi decretada pelo juiz plantonista Rômulo Valença. Do fórum da cidade, onde a CPI colheu depoimentos, Barbosa foi levado para uma cela do quartel.

Barbosa é acusado por ex-coroinhas de tê-los seduzidos ainda quando eram menores de idade. Um desses jovens gravou um vídeo no qual aparecem o monsenhor e Fabiano Silva Ferreira, 20, em sexo oral mútuo, o 69.

Em seu depoimento à CPI, Barbosa negou que tenha abusado de crianças e adolescentes e disse que teve uma única relação sexual, a que mostra o vídeo. Ele foi desmentido por Ferreira.

O monsenhor sofreu uma crise de hipertensão ao saber da decisão da CPI e teve de receber cuidados médicos.

Edson Maia, advogado do sacerdote, disse não haver necessidade da prisão porque o seu cliente não pretende sair do país. “Se quisesse fazer isso, já teria feito.”

O motorista e a camareira foram presos sob a acusação de falso testemunho. Os dois negaram que o padre tinha encontros sexuais com jovens.

O monsenhor Raimundo Gomes, 52, e o padre Edilson Duarte, 43, também prestaram esclarecimento à CPI.
Gomes chorou ao saber que não seria preso porque as provas contra ele foram insuficientes, mas terá de responder à Justiça.

Duarte fez com a CPI um acordo de delação premiada e parte do seu depoimento ocorreu sob sigilo, sem a presença de público.

O padre pediu proteção policial porque, disse, foi ameaçado de morte pelo monsenhor Gomes, que nega. O pedido foi aceito pela CPI.

[Com informações da Gazeta Web, Uol e emissoras de tv.]