quinta-feira, 25 de março de 2010

Falso médico examina próstata de paciente


quarta-feira, 24 de março de 2010
Falso médico examina próstata de paciente
Cristovão José de Oliveira recorreu ao posto municipal de saúde porque estava com problemas intestinais e foi atendido por Aurivan Duarte Barbosa, que se apresentou como médico.

Barbosa levou Oliveira para uma sala de consulta e trancou a porta. Ele apalpou a barriga do paciente, examinou suas pernas e braços. Pediu que abaixasse a calça e enfiou várias vezes em seu ânus algo para, segundo ele, verificar como estava a próstata.

Oliveira sentiu dores. Ele não sabe o que lhe foi introduzido por estar de costas.

Mas o pior, para Oliveira, viria depois: ele soube que Barbosa não era médico, mas um simples funcionário de outra repartição que estava alocado por algum tempo no posto de saúde.

Ele descobriu que tinha sido examinado por um falso proctologista logo após a “consulta”, quando uma nutricionista lhe disse que não havia médicos no posto.

O episódio ocorreu no dia 22 de julho de 2002 em Natal, cidade de 800 mil habitantes que é a capital de Rio Grande do Norte.

Agora, o juiz Virgílio Fernandes de Macêdo Júnior (foto), da 1ª Vara da Fazenda Pública, condenou o município a indenizar Oliveira em R$ 30 mil por danos morais. Cabe recurso. A informação é da Tribuna do Norte.

Oliveira afirma, no processo judicial, que se sentiu desmoralizado porque as pessoas de seu bairro ficaram sabendo do falso exame de toque da próstata. Ele teve depressão, síndrome do pânico e se separou de sua mulher.

Até hoje Oliveira não se recuperou do trauma.